domingo, 30 de outubro de 2011

Histórico da Devoção à Nossa Senhora de Nazaré

Em Portugal

A Devoção a Nossa Senhora de Nazaré vem de Portugal trazida ao norte do Brasil pelos Padres Jesuitas da Vigia. Daí passou à Belém. A Sagrada Imagem da Virgem Maria, pequena e de cor amorenada, é justamente representada com o Menino Jesus nos braços. Ela foi levada, juntamente com as Relíquias de São Bartolomeu e de São Braz, a cidade de Nazaré (de onde o nome Virgem). O monge Ciríaco oi que, chegando à Belém de Judá, entregou a estatuinha a São Jeronimo e este a S. Agostinho. Este santo da África remeteu o preciso depósito para o Mosteiro de Caulina, na Espanha, onde ficou venerada até o ano 712.
Em 712 os Mouros invadiram a Espanha e o último rei godo Rudérico, acompanhado pelo Abade de Caulina, Romano, fugiu para Portugal levando a Imagem de Nossa Senhora de Nazaré (e as duas relíquias de São Bartolomeu e são Braz) que o Monge escondera na ermida do sítio no Monte Siano.
Só em 1179 uns pastores encontraram casualmente a estátua, Reinava Afonso Henrique.

A Imagem de Nossa Senhora começou a ser conhecida e venerada. D. Fuás Roupinho, irmão do rei, escolheu o Sítio do Monte Siano, como lugar predileto de passeio e de caça.
Na manhã de 14 de setembro de 1182, D. Fuás, no iminente perigo de precipitar-se com o cavalo num enorme abismo, enquanto em vertiginosa carreira caçava um belo veado, rápido invocou a Virgem de Nazaré e o cavalo, como se uma força desconhecida o tivesse arrancado do vácuo, rodou sobre as pernas traseiras e parou. Dom Fuás, capacitando-se de que a sua salvação fôra obra da Virgem, mandou erguer-lhe uma Igreja no lugar do Sítio, que em lembrança do Milagre, se chamou Capela da Memória. Lá ficaram a Imagem de Nossa Senhora de Nazaré e as relíquias de são Bartolomeu e de São Braz que foram encontradas escavando os alicerces da Capela. D. Fernando de Portugal em 1377 mandou construir um templo maior, onde cada 14 de setembro se reúnem os maiores e mais brilhantes Círios do Portugal.
A Devoção à Nossa Senhora de Nazaré, do Portugal passou ao Pará; e aqui foi de tal forma aclimatada, que se tornou especificamente amazonense.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Marajó (Círio-Soure) Fundamento Doutrinário das Romarias

Na Bíblia: Abraão é o primeiro romeiro de que fala a Bíblia.
Tornou-se remeiro por ordem de Deus: “Sai da tua terra, do meio dos teus parentes, da tua casa, e vai para a terra que eu te mostrarei... e serás bendito” (Gên 12,1-2).
Abraão, por sua vez, erigiu o primeiro santuário em Betel: “Erigiu um altar ao Senhor e invocou o nome de Deus” (Gên 12,8).
O 2º livro da Bíblia, chamado “ÊXODO” (saída), tem por finalidade, justamente, contar a romaria de 40 anos que o povo de Deus fez através do deserto até chegar à Terra Prometida.


Os primeiros cristãos aprenderam da Bíblia, a fazer romarias, visitando na Palestina os lugares santificados pela presença de Cristo. Depois visitaram os túmulos dos Apóstolos e Santos, principalmente os túmulos de São Pedro em Roma. Aliás, a palavra “romaria” vem da palavra “Roma”, e quem visitava Roma chamado simplesmente “Romeiro”: hoje a palavra se estendeu a todos os que visitam um Santuário.


Portanto, Círio é caminhar para Deus; é caminhar para os irmãos e com os irmãos, ricos e pobres, aculturados e iletrados, patrões, empregados, todos unidos na mesma fé, puxando o Círio. E o sentindo comunitário da Romaria. Toda Romaria deve ajudar-nos a crescer no amor de Deus e no amor do próximo.