terça-feira, 24 de janeiro de 2012

MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO ARARI ( Ilha de Marajó)

O Município de Santa Cruz do Arari está localizado ao Centro-norte da Ilha de Marajó, pertencendo à micro-região do Arari, limitando-se ao Norte com o município de Chaves, ao Leste com o município de Cachoeira do Arari, ao Sul com o município de Ponta de Pedras e Oeste com os municípios de Anajás e Chaves.

COORDENADAS GEOGRÁFICAS

O Município de Santa Cruz do Arari possui as seguintes coordenadas geográficas:
1º 00’ 36’’ de Latitude Sul
48º 57’ 56’’ de Longitude Oeste de Greenwich.


CARACTERÍSTICAS FÍSICAS


pluviosidade nos seis primeiros meses do ano. Apresenta duas estações definidas (inverno e verão), sendo Clima

O clima de Santa Cruz do Arari é equatorial úmido e apresenta temperatura média em torno de 27º C, com mínima superior a 18º C e máxima 36º C, umidade elevada com alta uma chuvosa e outra seca.
Costuma-se a dizer que o Município tem três épocas no ano bem definidas: Época da Água, Época da Seca e a Época da Lama, pois no início das chuvas e da seca, aproximadamente um mês e meio, a terreno fica lameado.
Nestes meses mais chuvosos, ocorrem as menores temperaturas, enquanto, nos últimos seis meses, se processam as temperaturas mais elevadas.

Solo

Os Solos do Município são representados pelos gleys (solo lamacento de igapó) pouco húmico eutrófico (sedimentos do próprio local) e distrófico (sedimentos que vem de outro lugar).

Hidrografia

A hidrografia do Município de Santa Cruz do Arari é constituída de lagos e rios, como: o Lago Arari e os rios Anajás – Miri, Arari e outros, e vários igarapés.

O Lago Arari

O lago Arari é considerado o maior lago do Arquipélago do Marajó e um dos maiores do mundo em água doce, medindo de 4 a 7 km de largura e 18 km de comprimento, em direção Norte e Sul, com profundidade de 1 a 5 metros no verão e 5 a 7 metros no inverno, com águas mais claras no inverno e devido à seca do lago em quase 70% no verão, a água do mesmo torna-se barrenta, e é de grande importância para economia dos municípios de Santa Cruz do Arari e Cachoeira do Arari.
O Lago Arari é considerado o maior santuário ecológico da Ilha do Marajó, destacando-se também pelo ponto de vista cientifico, por ter em suas margens diversos cemitérios indígenas (tesos).


O Rio Arari
É o maio importante rio que banha o Município, com suas barrentas, de pequena largura, porem, navegável por embarcações de pequeno e médio calado, sendo ainda o principal acesso ao Município.
Tem sua nascente no lago do Arari pela ponta sul e segue bastante sinuoso através dos campos, e no seu curso faz a divisão territorial dos municípios de Santa Cruz do Arari, Cachoeira do Arari e Ponta de Pedras. Banhando pela margem direita a Vila de Jenipapo e as fazendas menino Jesus no Município de Santa Cruz do Arari e pela margem esquerda as fazendas Tuiuiú, Arari, Santa Maria e outras no município de Cachoeira do Arari. Dai para baixo estreita-se se tornando sombrio e lodoso para alargar-se novamente. Corre entre as margens altas bordadas de pedras e desemborca na baia do Marajó, no rio Pará, deixando a direita à ilha de Santana do Arari.
Tem um curso de aproximadamente 120Km de extensão.
O rio Arari é o rio mais importante do município de Santa Cruz do Arari, sendo um dos principais pontos turísticos da região, por suas belezas naturais, seu leito é navegável tanto na estação do inverno quanto no verão. As pessoas utilizam como meio de transporte, barcos, lanchas, balsas, canoas que trafegam em seu leito.

O rio Arari liga Santa Cruz a Belém, a capital do Estado do Pará.
No município de Santa Cruz do Arari, destaca-se também o rio Mocoões, que separa Santa Cruz do município de Chaves a Oeste e se interliga com o rio Cururu, através do canal Cururu. O rio Mocoões recebe, apenas, pela margem esquerda, afluentes contidos no Município, sendo de maior importância os igarapés Peixe-boi e da Glória e o rio Anajás-miri que separa o Município de Santa Cruz do Arari ao de Ponta de Pedras que recebe vários afluentes entre os quais o caranã, que liga ao rio mocoões por canal artificial. Nasce no centro Sul e dirigi-se para sudeste e deságua no rio Arari, sendo excelente local para o lazer e descanso.
O Município de Santa Cruz do Arari possui 1.075 Km² de superfície.
O Município de Santa Cruz do Arari está distante cerca de 120 Km de Belém, Capital do Estado, em linha reta

A vegetação de Santa Cruz do Arari é composta de campos e cerrados:

Campos: Vegetação rasteira, isto é, de pouca altura (capim ou grama) com algumas árvores formando pastagens próprias para a criação do gado, de porcos, cavalos, búfalos e etc...

Cerrados: Vegetação formada por ervas e árvores de troncos e galhos retorcidos. Exemplo: aturiá, jenipapeiro, pitombeira, mungubeira, assacuzeiro, mututizeiro, apuizeiro e outras.

Há, entretanto, pequenas áreas de vegetação arbustiva e semi-arbustiva e são encontradas ao longo dos principais cursos d’água, constituindo matas de galeria e recobrindo os “tesos” dos paleocanais.

Topografia
A Topografia do Município é bastante modesta, não ultrapassando de 20 metros no seu nível mais elevado.

Geologia e Relevo
A estrutura geológica é representada pelos sedimentos quaternários antigos e recentes, encontram-se os primeiros recobrindo restos do terciário (Formação Barreiras) e os demais constituídos pelas aluviões recentes.

As formas de relevo bastante simples são representadas pelos altos e baixos terraços e áreas de várzeas. Morfoestruturalmente insere-se no Planalto rebaixado da Amazônia (do baixo Amazonas).

EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Santa Cruz do Arari a princípio era uma fazenda de criação de gado situada às margens do lago Arari, localizada nas terras de propriedade de Plácido José Pamplona, Alferes da Infantaria do Regimento de Macapá que recebeu por doação do Rei de Portugal Felipe IV a sesmaria Santo Inácio onde foi fundada a fazenda Santa Cruz.
Segundo antigos moradores que veio tomar posse das terras, de sesmaria santo Inácio foi seu sobrinho Thomáz do Espírito Santo Pamplona, e quando a família Pamplona chegou em 1868 nestas terras todos ficaram encantados com a beleza do Lago Arari que era o santuário ecológico da Ilha do Marajó, aqui encontraram poucos habitantes e começaram então a povoar estas terras, por ser a fazenda Santa Cruz e localizar-se as margens do Lago Arari, deram então o nome Santa Cruz do Arari.

Construíram casas residenciais, uma pequena escola e um pequeno comércio. Em 1927 construíram a Igreja de Nossa Senhora de Nazaré e também realizaram o primeiro círio. Organizaram também uma banda musical comandada

pelo Senhor Clodomir Batista Pamplona e ainda fundaram a primeira agremiação Esportiva denominada, “Santa Cruz Esporte Clube”.

Neste período foi fundada também a colônia de pescadores em 1930, no povoado de Jenipapo, onde funciona até os dias de hoje. Iniciaram a pesca, a criação de gado, construíram ainda uma delegacia de policia para manter a ordem e o respeito.
Transformaram Santa Cruz do Arari em um pequeno povoado, por questões políticas só no ano de 1956, Santa Cruz passou a ser uma vila, mesmo desfrutando uma enorme riqueza natural.

Santa Cruz do Arari não podia se desenvolver sócio, econômico e financeiramente, porque vivia sobre os domínios do Município de Ponta de Pedras que por muitos anos dominou estas terras. Em 1960 o Deputado Romeu Santos, líder político na região do Arari, tomou conhecimento de tudo que ocorria em Santa Cruz do Arari, e encaminhou em 29 de dezembro de 1960 à Assembleia Legislativa do Pará um Projeto de Lei de sua autoria pedindo a emancipação de Santa Cruz do Arari do Município de Ponta de Pedras o que só ocorreu no ano de 1961,com o apoio do Excelentíssimo Senhor Aurélio Correa do Carmo, então Governador do Pará, com a criação e a aprovação de Lei Estadual nº 2.460, publicada no Diário Oficial nº 19.759 que criou o município de Santa Cruz do Arari, sendo reconhecido como Município no dia 08 de abril de 1962.

ATA DE INSTALAÇÃO DO MUNICÍPIO
Os Pamplona que mais se destacaram foram: Coronel Thomas do Espírito Santo Batista Pamplona, Capitão João Apolinário Batista Pamplona, Brondísio Bitencourt da Silva Pamplona, Tenente Henrique Avimar Pamplona, Cel. Eurípides Bentes Pamplona, Tabelião Clodomir Batista Pamplona, João Batista Pamplona (Delegado de polícia), Vicente da Cruz Pamplona (criador de gado), Senhor Benjamin Farias Barros (proprietário de barcos), Senhores José Pamplona Beltrão (comerciante), Senhor Benjamim Gaioso Iglesias e outros que
também contribuíram para o progresso de Santa Cruz do Arari.

ATA DE INSTALAÇÃO DO MUNICÍPIO
Este município teve como primeiro Prefeito o Senhor João Pacheco da Cruz, em 1962, nomeado pelo Governador do Estado, Aurélio do Carmo.
No ano de 1963 foi eleito o primeiro Prefeito o Senhor Nestor Pamplona Barros que governou de 02 de janeiro de 1963 a 31 de janeiro de 1967.
Em 1967 foi eleita a Prefeita Senhora Gessy da Silva Beltrão Pamplona.
Em 1971 foi eleito o Senhor Aufredemar de Oliveira Pantoja, ocupando este cargo somente por dois anos.


ATA DE INSTALAÇÃO DO MUNICÍPIO
Em 1973 foi eleita a Prefeita Senhora Gessy da Silva Beltrão Pamplona.
Em 1977 foi eleito o Senhor Osmarino Pereira de Carvalho, que cumpriu seu mandato em seis anos.
Em 1983 foi eleito o Senhor Eurípides Bentes Pamplona Filho.
Em 1987 foi eleito o Senhor Eleci Pamplona Cabral, que teve o mandato cassado, substituído pelo Capitão da Policia Militar Jorge Mangabeira.
Em 1992 foi eleito o Senhor Fernando Antonio Lobato Tavares.
Em 1996 foi eleita a Senhora Betânia Beltrão Nahum.
Em 2000 foi eleito o Senhor Fernando Antonio Lobato Tavares, sendo reeleito no ano 2004.
Em 2008 foi eleito o atual prefeito Marcelo José Beltrão Pamplona


Tendo uma área de 1.075 Km², hoje o Município de Santa Cruz do Arari conta com mais de seis mil habitantes, segundo dados do censo do IBGE de 20011, e a cada ano o município vem crescendo e se desenvolvendo, com isso melhorando a vida de seus munícipes, a população tem energia elétrica 24 horas (Rede/Celpa) desde 1997, abastecimento de água (COSANPA), conta com uma agência dos Correios e Telégrafos e duas correspondente bancário da Caixa Econômica Federal, e três Posto do Banco Bradesco e um eletrônico, tendo ainda inúmeros comércios de pequeno porte que vendem gêneros alimentícios, remédios, e outros. Além de dois supermercado.

Em Santa Cruz do Arari existem cinco casas que funcionam como pousadas para receber os visitantes (Pousada da Dona Olga, Pousada da Dona Nilda, Pousada da Eliana, Pousada da Odaísa e Pousada Palace ), aqueles que têm parentes se hospedam com os familiares, os convidados e/ou técnicos a serviço do município contam com a Casa de hospedes da Prefeitura Municipal.

A VILA DE JENIPAPO é a maior vila do município, os moradores vivem três períodos bem definidos que são o da seca, cheias e lama, as casas são todas palafitas, construídas quase todas de madeiras, salvo pouca, como a Igreja Evangélica Assembleia de Deus e casa pastoral da mesma.
O nome JENIPAPO significa fruto das pontas, nome tupi guarani.
Os moradores vivem da pesca, e poucos são trabalhadores públicos municipais e estaduais.


















Fonte: TCC Pedágogia Profª Helena

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

“ARRASTÃO CALDO QUENTE”

EMPOLGA CARNAVAL EM SOURE (DESDE FEVEREIRO DE 2001)
Quem pensou que os domingos antecedentes ao carnaval, em Soure, era miado, ficava surpreso com o
que ouvia e via pelas ruas da cidade. Não foi à toa que tudo foi uma opção criada para animar a comunidade sourense e os visitantes, que não perdiam a alternativa de conciliar o bom e o melhor. Era o “Arrastão Caldo Quente” que animava os brincantes, sob a liderança dos senhores fundadores: Orlando Peixoto Marques ( o Peixotão – coordenador do carnaval em Soure em 2001), Dr. Ari Jorge ( prefeito municipal ), Jorge Abdon ( vice-prefeito ), Marcus Vinicius – coen ( presidente da câmara de Soure em 2001).
O nome se originou pela distribuição do caldo quente de mocotó no decorrer do arrastão feito pela senhora conhecida como Gilda em uma carroça com uma panela cheia de caldo
Muita gente tem algo para contar desse “Arrastão”. Por onde passava, deixava sua marca registrada; alegria, empolgação, impressionando até os que estavam de fora. Quem gostava eram os donos de bares, no caminho onde encontravam um, era registrado o rastro do consumo: cerveja, refrigerante que logo acabavam.
O Caldo Quente existe a 11 anos animando o carnaval da SOURE.