sábado, 2 de novembro de 2013

COMO SE ORIGINOU A LENDA DA MATINTA PERERA



DIZ  A LENDA QUE A MUITO TEMPO ATRÁS, NO NORTE DO BRASIL UMA LINDA MOÇA CHAMADA MATINTA PERERA DESFRUTAVA DE UMA BELEZA INQUESTIONÁVEL, POREM TINHA  UM GRANDE PROBLEMA, ADORAVA FUMAR.
EM UM BELO DIA, BATEU EM SUA PORTA UM JOVEM RAPAZ PARA PEDIR-LHE EM CASAMENTO. MATINTA ACEITOU E COM O PASSAR DOS ANOS TIVERAM VÁRIAS BRIGAS.
A MATINTA NÃO SABIA QUE SE CASARA COM UM HOMEM MUITO GENIOSO E RÍSPIDO, QUE NÃO GOSTAVA DE SER CONTRARIADO.
CERTO DIA O MARIDO DA MATINTA SAIU PARA FARREAR, AO RETORNAR, FICOU TRANSTORNADO AO VER MATINTA COM CIGARRO NA BOCA FUMANDO, VÍCIO QUE  O MARIDO NUNCA ACEITOU E QUE NESSE DIA PROVOCOU UMA GRANDE DISCUSSÃO ENTRE OS DOIS. A MATINTA ACABOU SENDO MORTA POR SEU MARIDO, DEVIDO O VICIO DO TABACO. POREM ELE NÃO SABIA QUE A MATINTA ERA PROTEGIDA POR FORÇAS SOBRENATURAIS E QUE NAQUELE MOMENTO ELA HAVIA RECEBIDO UM DOM.
SEU ESPÍRITO GANHOU A CAPACIDADE DE SE TRANSFORMAR EM UMA MULHER DE DIA E EM UM PÁSSARO A NOITE. E COMO FOI MORTA POR CAUSA DE SEU GRANDE  VICIO, A MATINTA PASSAVA O DIA PEDINDO  FUMO NAS RESIDÊNCIAS EM FORMA  HUMANA, COMO SE TIVESSE PAGANDO UM CASTIGO, POREM  QUANDO NÃO ATENDIDA, ELA VOLTAVA  A NOITE EM FORMA DE UM GRANDE PÁSSARO PARA DEIXAR  AS PESSOAS APAVORADAS POR NÃO SER ATENDIDA EM SEU VÍCIO, SE  DESPEDINDO COM UM ASSOBIO ENSURDECEDOR E HORRENDO.
QUANDO MATINTA PRESSENTA A MORTE PRÓXIMO DE ALGUMA FAMÍLIA, TRANSFORMAVA-SE EM CORUJA E ENTOAVA UM CANTO ANUNCIANDO A MORTE, AS FAMÍLIAS COM MEDO DE PERDER SEUS ENTES QUERIDOS PROMETIAM-LHE O QUE MAIS DESEJAVA O TABACO PARA FUMAR, QUE VIESSE BUSCÁ-LO NO DIA SEGUINTE.
E É ASSIM QUE MATINTA CONTINUA VIVA ATÉ OS DIAS DE HOJE, A QUEM DIGA QUE ELA É UM MONSTRO, OUTROS A CHAMAM DE VISAGEM OU SOMENTE UMA LENDA, UM PÁSSARO VIZAGENTO, A RASGA MORTALHA ANUNCIANDO DESGRAÇA.
MAIS A MATINTA TINHA TANTA VONTADE DE VIVER QUE TODOS OS ANOS APARECE PARA LEMBRAR AOS SEUS CREDORES QUE CONTINUA VIVA EM NOSSO MEIO.

Fonte : CARLA  SANTOS



terça-feira, 9 de julho de 2013

O HOMEM QUE CONVIDOU O DIABO PARA COMER PEIXE EM SUA CASA


Morava em uma comunidade bem distante, um senhor de nome José, esse local fica no município de Salvaterra, vários quilômetros da sede do município.
Seu José saiu muito cedo de sua casa para ir até o mercado de Salvaterra, para comprar comida, pegou sua bicicleta e saiu pedalando pela estrada em direção a feira do mercado.
Chegando ao local, seu José viu um bagre de dez quilos. Então ele fez a compra do peixe, e falou para algumas pessoas que estavam no mercado.
- eu já vou embora, porque eu vou comer esse peixe com o diabo!
Colocou o peixe na garupa da bicicleta e saiu pedalando rumo a sua casa, quando ia na estrada seu José teria que passar dentro da mata, foi ai que apareceu um homem, querendo tirar o peixe da garupa da bicicleta do seu José,
Então os dois homens entraram em luta por causa do peixe, depois de vários minutos de briga, seu José se lembrou do que tinha falado no mercado, comer peixe com o diabo, mesmo lutando seu José rezou o pai é nosso ai homem largou o peixe e disse.
- nunca mais me convida para comer peixe com você!

 Seu José ficou muito assustado, mas levou o peixe para sua casa e foi comer o bagre com sua família.  E nunca mais quis brincar com coisa seria.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

ARARUNA


Araruna fica 4,5 km da sede do município de Soure, localiza-se entre os igarapés da glória e canal velho. Originou-se com a chegada de pescadores nordestinos que em 1900 construíram suas primeiras barracas cobertas de palhas (palafitas),
Com o passar dos tempos foram trazendo suas famílias e ali se estabeleceram, formando o povoado que deram o nome de Araruna. A canoa para eles era o seu maior veículo de transporte para ir até a cidade fazer compras.
Na povoação havia uma sede da colônia de pescadores que também servia de escola; uma Igreja de São Pedro, padroeiro dos pescadores, um time de futebol denominado “Brasília” e como autoridade policial, um comissário.

Entre os moradores havia um que se destacava, era um homem muito respeitado por todos, chamava-se Francisco Maria, mais conhecido por “Chico Maria”.
Foi um dos primeiros morados da povoação e foi também o primeiro comissário de Polícia, e era ainda o chefe político.

Na época das eleições, era montada uma seção eleitoral com 54 eleitores, e era Sr. Chico Maria quem dava as ordens.


Araruna possuía uma população de 210 habitantes com 50 residências.
O pescador do Araruna distinguia perfeitamente o barulho da água, pelo remanso ou pelo encrespado da água a aproximação de cardume de tainha e lançavam ao mar suas redes de arrastão. O peixe era a principal fonte de alimentação.
Em virtude das fortes enchentes (águas de março) que ocorrem na Ilha de Marajó, as grandes dunas de areias existentes desapareceram, algumas casas foram arrastadas e a povoação foi sendo transferida para um lugar mais alto e mais próximo da cidade chamado por eles de “Brasília”.


Em 1957 o aspecto físico do Araruna sofreu nova modificação devido a erosão feita pela mãe natureza, ai não houve mais condição de habitação para aquelas pessoas, pegaram suas casas e vieram para a cidade.
Uma parte das pessoas foram auxiliadas pelo prefeito da época que arrumou um local na periferia da cidade para construírem suas casas. Algumas famílias se localizaram na rodovia Soure Araruna, onde deram o nome de “Brasília” que até hoje se conserva. Depois de localizados na cidade, as maiorias dos pescadores largaram a pescaria, os mais jovens passaram estudar e hoje exercem diversas profissões.

Todos os anos, Araruna sofre modificações, a praia vem se aproximando mais do igarapé Canal Velho, porque os mangueiros são arrastados pelas águas.  


 fonte: Soure Pedaço de Marajó

            De  Maria de Nazaré Barbosa
                             1997

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

A LENDAS DA VITÓRIA-RÉGIA



 Os velhos índios das tribos da Amazônia contavam que a Lua, todas as vezes as vezes que desaparecia por detrás das serras, escolhia uma jovem índia, transformando-a em estrela, que passava a brilhar no céu.
Naiá, moça indígena, filha de valente cacique, nascera branca como o leite, tendo bela cabeleira, mais ruiva que as espigas de milho. Naiá desejava ardentemente ser escolhida por Jaci ( a lua) para ser transformada numa estrela cintilante.
Mas a Lua não ouvia seus pedidos e a moça, muito triste, começou a definhar. Os Pajés tudo fizeram para curá-la, sem resultado.

Todas as noites, a índia saía de sua oca, caminhando até amanhecer o dia, na esperança de ser vista e escolhida por Jaci.
Certa noite, quando já estava cansada de andar, Naiá, sentando-se à beira de um lago sereno, viu a imagem de Jaci refletida no espelho das águas.
Atraída pela luz da Lua, a índia atirou-se ao lago, desaparecendo. . .
Semanas e semanas a jovem foi procurada pela gente da tribo. Naiá, porém, não reapareceu. Jaci, a pedido dos peixes e da das plantas do lago, transformou-a numa estrela, não para brilhar no céu, mas como estreladas águas, a bela flor que abre suas longas pétalas à luz da Lua.
Fonte: livro de estudo paraense, 2ª série,ano 1984. 

A LENDA DO CURUPIRA

O Curupira (do tupi curu, forma reduzida de “curumi”, menino, e pira, corpo) é representado como um moleque de cabeleira vermelha e pés invertidos (dedo para trás e calcanhar para frente). É o protetor das árvores e das caça, senhor dos animais que habitam a floresta.
Antes das grandes tormentas, percorre a mata, batendo nos troncos das árvores para ver sua resistência. Seus pés virados deixam rastros falsos no chão, iludindo os perseguidores. Engana viajante e caçadores, fazendo-os perder-se dentro da mata, com assobios e sinais falsos.
O Curupira é um dos mitos mais antigos do Brasil. Anchieta a ele se refere numa carta de 1560, quando diz: “É coisa sabida e pela boca de todos corre que há certos demônios a quem os brasis chamam curupira, que acometem aos índios muitas vezes, no mato dão-lhe de açoite, machucam-nos e matam-nos”.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

A PASSAGEM DE DOM ALONSO NO MUNICÍPIO DE SOURE.


QUEM FOI DOM ALONSO?                                                                     Cidadão de nacionalidade espanhola, Gregório Alonso Apariço da Consolação, nasceu no dia 24 de abril de 1894 em um povoado de Castelhana, Província de Guadalajara. Optou pela vida religiosa, ainda adolescente entrando para o convento de Berlenga de Duero da ordem dos Agostinianos Recoletos em 1911, seguindo a carreira religiosa.
Embora ainda não tivesse concluído sua formação religiosa, foi transferido para Seara do Brasil, em Ribeirão Preto, São Paulo, onde concluiu seus estudos eclesiásticos, sendo ordenado presbítero em 16 de maio de 1919. Subiu ao altar para celebrar sua primeira missa no convento de Franco onde passou a desenvolver seu trabalho Evangélico.

No dia 14 de abril de 1928, o Papa Pio X, assinou a bula “Romanus Pontifex”, criando a Prelazia de Marajó, tendo como sede o Município de Soure, sobre a responsabilidade dos Padres Agostinianos Recoletos, da Província de Santo Tomaz de vila Nova.

No dia 19 de outubro 1930, chega ao Município de Soure o Monsenhor Frei Gregório Alonso Apariço da Conceição para assumir a Prelazia do Marajó, sendo nomeado como primeiro Bispo Prelado de Marajó que, ao assumir mudou o nome da Igreja dedicada ao Menino Jesus, sito a 3ª rua, para Nossa Senhora da Consolação, bem como empenhando-se na construção de residências prelatícias, formando simultaneamente um pequeno patrimônio para a igreja.

Nesse mesmo ano, em comemoração ao 25º aniversário da atividade dos Padres Agostinianos Recoletos no Município de Soure, construiu um monumento, representando a Cruz de Cristo, na quadra entre 6ª e 7ª ruas, com á 13 e 14 travessa, bairro centro desta cidade de Soure.
Em 1º de setembro de 1940, mesmo que em caráter provisório, declamou a 1ª missa na nova igreja de sua Padroeira, Nossa Senhora da Consolação.


Em 4 de junho de 1965, devido à idade e com saúde abalada renuncia o bispado da prelazia de Marajó sendo substituído pelo Frei Dom Alquílio, após tê-lo elevado Monsenhor, fato ocorrido no dia 3 de setembro de 1965.


Mesmo sendo um cidadão estrangeiro, Monsenhor Gregório Alonso, conseguiu com o seu carisma que a população marajoara participasse dos Atos Religiosos, como a Santa Missa e principalmente o cumprimento dos Atos Sacramentais. Empenhou-se, também, na área da saúde inaugurando a “Casa de Saúde circulo operário “. Na área da educação construiu uma escolinha que atualmente se transformou-se no Colégio “Stella Maris” e, também auxiliou a construção de um Cinema que recebeu a denominação de Auditório “Santo Agostinho”. Além das obras mencionadas, Dom Gregório Alonso se empenhou  em trazer para esta cidade o Curso Ginasial que corresponde atualmente ao Ensino de 5ª a 8ª série. Por esse motivo, as autoridades sourenses, em justa homenagem ao primeiro Pastor Católico marajoara, após sua morte, o tornarão patrono da referida Escola, denominando-a de Ginásio Estadual  “DOM ALONSO”.