sábado, 19 de novembro de 2011

MARAJÓ E SEUS MISTÉRIOS A CARROCINHA DE OSSOS

Até os anos 70, não havia carro fúnebre na cidade de Soure, lá pelos anos 40, foi feita uma CARROÇA para transportar os defuntos até o cemitério local.
A carrocinha içava no quintal da Igreja Matriz, quando morria alguém, um parente do morto ia à igreja, pegava a carroça levava até a casa enlutada onde era colocado o caixão, depois seguiam com o morto na carrocinha e as pessoas acompanhando o cortejo, levando nas mãos flores, ao chegar ao cemitério era feito o sepultamento e os parentes traziam a carroça e deixavam no quintal da Igreja Matriz.
E assim, que alguém precisasse pegava a carroça e depois deixava no mesmo lugar.
E nas noites de sexta-feira a carrocinha saía cheia de ossos com algumas almas pela rua da cidade, assustando muitos pescadores que saiam para trabalhar.
Certa noite, uma senhora por nome Maria ouviu um barulho de carroça e por curiosidade, abriu a janela e viu a carrocinha e a procissão e esta passou bem em frente a sua casa uma “pessoa” saiu da procissão e aproximou-se dela entregando-lhe uma vela. Dona Maria pegou a vela e tentou reconhecer a “pessoa”, não conseguiu, pois esta se encontrava com o semblante desfigurado.
Ao receber a vela apagou-a, fechou a janela, deixou a vela em cima de uma mesa e foi tentar dormir, não conseguindo de imediato, pois ouvia o murmúrio da procissão.
Pela manhã acordou com forte dor de cabeça, febre muito alta e calafrio e ao olhar em direção a mesa onde tinha deixado a vela, teve um espanto, pois notou que a mesma havia se transformado em um osso que segundo ela seria “femo”.
Recorreu ao médico e sua doença não teve cura, até que seus familiares resolveram levá-la ao pajé, onde o mesmo lhe disse o que tinha visto na noite de sexta-feira e era o que estava causando mal e fez uma pajelança e Dona Maria ficou imediatamente curada.
Porém hoje isso não acontece pois, a cidade sofreu transformação, antigamente a cidade era soturna e hoje até alta hora se vê movimento nas ruas de Soure.