domingo, 21 de agosto de 2011

A LENDA DO VAQUEIRO BOAVENTURA

Conta-se que no interior do Marajó, especialmente na fazenda de nome “ São Sebastião,”havia um garoto, que por suas proezas e valentia, recebeu o apelido de “Boaventura”.
Boaventura foi crescendo como todo garoto, aprendendo trabalhar com o gado, e em pouco tempo, já era considerado um dos melhores vaqueiro da região, tanto prova, que com apenas 14 anos estava empregado como vaqueiro da fazenda, fato inédito.

O vaqueiro Boaventura aos 17 anos, era um rapaz típico do Marajó, estatura mediana, moreno, forte, e que gostava de festa, mulheres, e de desafios. Dizia ele, que não havia o que ele não pudesse fazer na sua profissão, é claro.

Corria o boato na fazenda, que tinha uma rês (vaca), só saia com o gado bravo, nas noites de luar. Quando tinha laçação, a rês estava lá, branca e gorda, que brilhava à luz do luar marajoara.

“Boaventura” ouvia falatório com relação ao animal, e comentou: - se um dia eu encontrar com ela,..dizia para o seu melhor amigo Merandolino mais conhecido como: “Merá”.Boaventura tinha um pressentimento , que quando ele encontrasse com tal rês alguma coisa iria aconte. Certo dia, o feitor da fazenda falou que á noite ia ter laçação do gado bravo, que estava próximo do lago do Piratuba.

“Boaventura”, pegou o seu melhor cavalo e ficou a espera. Chegando o momento, saíram todos os vaqueiros em grupo, Boaventura caminhava junto do seu amigo inseparável “Merá”. Depois de andarem algum tempo, um vaqueiro avisa: cuidado! Ai esta o gado.

Todos pararam, olharam para o gado uns 300 metros de distancia, caminharam vagarosamente, “Merá” aproximou de “Boaventura” e fala:- é aquela vaca que ninguém consegue laçar. A rês destacava-se das demais por sua cor branca. “Boaventura” disse ao amigo “Merá” é hoje, eu ou ela!
Ao primeiro sinal do feitor os vaqueiros partiram em direção do gado, com velocidade, coragem e destreza, que só o vaqueiro marajoara tem. “Boaventura” tocou seu cavalo, partiu rumo à rês indicada. A vaca ao perceber o perigo, correu na frente de todos os animais, foi em direção do lago do Piratuba,Boaventura foi atrás da rês.

Depois de correrem um bocado, “Merá” falou para desistirem, mas “Boaventura” dizia: É hoje, eu ou ela...!
Ao chegar próximo da novilha, ele apanhou sua corda e jogou o laço antes que a rês entrasse no lago, ele conseguiu laçar. Com a velocidade que iam foram parar dentro do lago desaparecendo.
Seu amigo Merandolino ficou esperando “Boaventura” aparecer, procuraram por vários dias e nada, pois ele tinha se encantado, a rês era encantada e levou “Boaventura” para o mundo.

Já se passavam três anos do seu desaparecimento, quando um belo dia, “Merá” ia pelos campos, ouviu alguém falar com ele identificar-se como sendo o “Boaventura”, em sua frente estava ele, nu da cintura para cima, com um chapéu de abas grande, que de formas não era possível ver o seu rosto, mas os arreios e seu cavalo baio e as argolas brilhavam. Desse dia em diante eles passaram se encontrar.

Quando Merandolino morreu, as pessoas que estavam velando o corpo viram chegar um rapaz moreno, que ficou parado na porta olhando firme para o corpo do amigo, não cumprimentou ninguém, depois se afastou e desapareceu. As pessoas que estavam no velório dizem que era o Boaventura que foi se despedir do amigo.

No lago do “Piratuba”, próximo existe um cajueiro e quem apanha um fruto dessa árvore sem lhe pedir licença ao vaqueiro “Boaventura” é atacado por centenas de abelhas.
“Boaventura” exerce grande influência nos vaqueiros marajoaras principalmente quando estes perdem algum animal logo recorrem à ajuda do “Boaventura” e no outro dia os animais aparecem.
Aconteceu um caso interessante, uma pequena criadora sentiu falta de duas rezes sua aconselhada por amigos ela mandou colocar uma garrafa de “cachaça” e um maço de “cigarros” no meio do campo e fez um pedido ao vaqueiro “Boaventura” para que seus animais aparecessem.
Três dias depois a proprietária recebeu um recado de que seus animais estavam presos em uma determinada fazenda esperando que ela mandasse buscá-los.

sábado, 13 de agosto de 2011

Lenda da pedra da Estiva

Quem vai para a praia do Araruna e Barra Velha ao chegar no aterro da estrada, poderá ver sua direita uma pedra arredondada de regular tamanho.Essa pedra,quando na sua época não havia o aterro o local era conhecido como a (ESTRADA DA ESTIVA) a pedra ficava bem na passagem do aterro, onde pisava na pedra para seguir o caminho.Dessa forma as pessoas que altas horas da noite em cima da pedra ,aparecia muitas velas acesas.
Certo dia um cidadão foi a uma pajelança e o pajé disse: ao homem que se ele quisesse permanecer rico poderia ir na sexta -feira da Paixão, á meia noite a até a estrada da estiva que lá existia uma pedra que em cima dessa pedra estava uma criança no meio das velas, e que ele agarrasse a criança e levasse para sua casa e criasse.
O rapaz ficou pensativo e muito curioso. Quando chegou a sexta - feira da Paixão, ele seguiu o caminho e ao aproximar-se do local da pedra observou uma grande claridade, ai veio o medo e ele voltou numa desabalada carreira.
Esta pedra ainda existe ao lado do aterro da Estrada de Araruna e Barra Velha quem passa por lá ainda poderá vê-la.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Lenda da galinha do largo da trindade

Há anos atrás, quem passasse altas horas da noite em frente ao prédio da sociedade as SS (Santíssima trindade) localizada na 5°rua, antiga praça da trindade, observava saindo do porão da casa, uma galinha acompanhada de seis pintinhos que saiam para mariscar no largo do cruzeiro quando passava alguém que tentava pegar os pintinhos, logo eram atacadas pelo fantasma por esse motivo as pessoas evitavam capturar os pintinhos e também não passavam por aquele local fora de hora, pois temiam a galinha de pintinhos.