HÁ MUITO TEMPO, QUANDO AINDA NÃO EXISTIA ACIDADE DE BELÉM DO PARÁ, VIVIA NO LOCAL UMA TRIBO INDÍGENA. NESTA ÉPOCA OS ALIMENTOS ERAM ESCASSOS E POR ESTE MOTIVO O CACIQUE TOMOU UMA DECISÃO MUITO CRUEL : RESOLVEU QUE TODAS AS CRIANÇAS QUE NASCESSEM A PARTIR DAQUELA DATA, SERIAM NECESSARIAMENTE SACRIFICADAS, UMA VEZ QUE NÃO HAVERIA ALIMENTO SUFICIENTE PARA TODOS.
PORÉM, IAÇA, FILHA DO CACIQUE, DEU A LUZ A UM LINDO MENINO O QUAL NÃO FOI POUPADO DA CRUEL DECISÃO DE SEU PAI.
A ÍNDIA CHORAVA TODAS AS NOITES COM SAUDADES DE SEU FILHO, ATÉ QUE NUMA NOITE DE LUA CHEIA, A ÍNDIA OUVIU O CHORO DE UMA CRIANÇA. O CHORO VINHA DA DIREÇÃO DE UMA BELA PALMEIRA.
QUANDO A ÍNDIA CHEGOU AO LOCAL, SEU FILHO A ESPERAVA DE BRAÇOS ABERTOS .
RADIANTE DE ALEGRIA, IAÇA CORREU PARA ABRAÇA-LO, MAS QUANDO O FEZ, A CRIANÇA MISTERIOSAMENTE DESAPARECEU. NO DIA SEGUINTE, A ÍNDIA FOI ENCONTRADA MORTA, ABRAÇADA AO TRONCO DA PALMEIRA . SEU ROSTO TRAZIA UM SUAVE SORRISO DE FELICIDADE E SEU OLHOS NEGROS, AINDA ABERTOS, FITAVAM O ALTO DA PALMEIRA QUE ESTAVA CARREGADA DE FRUTINHOS ESCUROS.
ENTÃO, O CACIQUE MANDOU QUE APANHASSEM OS FRUTINHOS E PERCEBEU QUE DELES PODERIA SE EXTRAIR UM SUCO QUANDO AMASSADOS, QUE PASSOU A SER A PRINCIPAL FONTE DE ALIMENTO DAQUELA TRIBO, ESTE ACHADO FEZ COM QUE O CACIQUE SUSPENDESSE OS SACRIFÍCIOS E AS CRIANÇAS VOLTARAM A NASCER LIVREMENTE, POIS A ALIMENTAÇÃO JÁ NÃO ERA MAIS PROBLEMA NA TRIBO.
EM AGRADECIMENTO AO DEUS TUPÃ E EM HOMENAGEM A SUA FILHA, O CACIQUE DEU O NOME DE AÇAI AOS FRUTINHOS ENCONTRADOS NA PALMEIRA, QUE É JUSTAMENTE O NOME DE IAÇA INVESTIDO.
(Christiane Angeltti)
Tio Miga Marajó
sexta-feira, 2 de janeiro de 2015
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
Praça do Cruzeiro
O monumento da praça, foi inaugurado pelo Bispo Prelado do Marajó, Dom Gregório Alonso em 1928, em comemoração aos 25 anos de atividades dos Padres Agostinianos Recoletos em Marajó. Esta localizado na 6ª rua entre travessas 13 e 14 bairro centro.
sábado, 2 de novembro de 2013
COMO SE ORIGINOU A LENDA DA MATINTA PERERA
EM UM BELO DIA, BATEU EM SUA
PORTA UM JOVEM RAPAZ PARA PEDIR-LHE EM CASAMENTO. MATINTA ACEITOU E COM O
PASSAR DOS ANOS TIVERAM VÁRIAS BRIGAS.
A MATINTA NÃO SABIA QUE SE CASARA
COM UM HOMEM MUITO GENIOSO E RÍSPIDO, QUE NÃO GOSTAVA DE SER CONTRARIADO.
CERTO DIA O MARIDO DA MATINTA
SAIU PARA FARREAR, AO RETORNAR, FICOU TRANSTORNADO AO VER MATINTA COM CIGARRO
NA BOCA FUMANDO, VÍCIO QUE O MARIDO
NUNCA ACEITOU E QUE NESSE DIA PROVOCOU UMA GRANDE DISCUSSÃO ENTRE OS DOIS. A
MATINTA ACABOU SENDO MORTA POR SEU MARIDO, DEVIDO O VICIO DO TABACO. POREM ELE
NÃO SABIA QUE A MATINTA ERA PROTEGIDA POR FORÇAS SOBRENATURAIS E QUE NAQUELE MOMENTO
ELA HAVIA RECEBIDO UM DOM.
SEU ESPÍRITO GANHOU A CAPACIDADE DE
SE TRANSFORMAR EM UMA MULHER DE DIA E EM UM PÁSSARO A NOITE. E COMO FOI MORTA
POR CAUSA DE SEU GRANDE VICIO, A MATINTA
PASSAVA O DIA PEDINDO FUMO NAS
RESIDÊNCIAS EM FORMA HUMANA, COMO SE
TIVESSE PAGANDO UM CASTIGO, POREM QUANDO
NÃO ATENDIDA, ELA VOLTAVA A NOITE EM
FORMA DE UM GRANDE PÁSSARO PARA DEIXAR
AS PESSOAS APAVORADAS POR NÃO SER ATENDIDA EM SEU VÍCIO, SE DESPEDINDO COM UM ASSOBIO ENSURDECEDOR E HORRENDO.
QUANDO MATINTA PRESSENTA A MORTE
PRÓXIMO DE ALGUMA FAMÍLIA, TRANSFORMAVA-SE EM CORUJA E ENTOAVA UM CANTO
ANUNCIANDO A MORTE, AS FAMÍLIAS COM MEDO DE PERDER SEUS ENTES QUERIDOS
PROMETIAM-LHE O QUE MAIS DESEJAVA O TABACO PARA FUMAR, QUE VIESSE BUSCÁ-LO NO
DIA SEGUINTE.
E É ASSIM QUE MATINTA CONTINUA
VIVA ATÉ OS DIAS DE HOJE, A QUEM DIGA QUE ELA É UM MONSTRO, OUTROS A CHAMAM DE
VISAGEM OU SOMENTE UMA LENDA, UM PÁSSARO VIZAGENTO, A RASGA MORTALHA ANUNCIANDO
DESGRAÇA.
MAIS A MATINTA TINHA TANTA
VONTADE DE VIVER QUE TODOS OS ANOS APARECE PARA LEMBRAR AOS SEUS CREDORES QUE
CONTINUA VIVA EM NOSSO MEIO.
Fonte : CARLA SANTOS
terça-feira, 9 de julho de 2013
O HOMEM QUE CONVIDOU O DIABO PARA COMER PEIXE EM SUA CASA
Morava em uma comunidade bem distante, um senhor de nome José,
esse local fica no município de Salvaterra, vários quilômetros da sede do
município.
Seu José saiu muito cedo de sua casa para ir até o mercado
de Salvaterra, para comprar comida, pegou sua bicicleta e saiu pedalando pela
estrada em direção a feira do mercado.
Chegando ao local, seu José viu um bagre de dez quilos. Então
ele fez a compra do peixe, e falou para algumas pessoas que estavam no mercado.
- eu já vou embora, porque eu vou
comer esse peixe com o diabo!
Colocou o peixe na garupa da
bicicleta e saiu pedalando rumo a sua casa, quando ia na estrada seu José teria
que passar dentro da mata, foi ai que apareceu um homem, querendo tirar o peixe
da garupa da bicicleta do seu José,
Então os dois homens entraram em
luta por causa do peixe, depois de vários minutos de briga, seu José se lembrou
do que tinha falado no mercado, comer peixe com o diabo, mesmo lutando seu José
rezou o pai é nosso ai homem largou o peixe e disse.
- nunca mais me convida para
comer peixe com você!
Seu José ficou muito assustado, mas levou o
peixe para sua casa e foi comer o bagre com sua família. E nunca mais quis brincar com coisa seria.
sexta-feira, 5 de abril de 2013
ARARUNA
Araruna
fica 4,5 km da sede do município de Soure, localiza-se entre os igarapés da
glória e canal velho. Originou-se com a chegada de pescadores nordestinos que
em 1900 construíram suas primeiras barracas cobertas de palhas (palafitas),
Com o
passar dos tempos foram trazendo suas famílias e ali se estabeleceram, formando
o povoado que deram o nome de Araruna. A canoa para eles era o seu maior
veículo de transporte para ir até a cidade fazer compras.
Na povoação havia uma sede da colônia
de pescadores que também servia de escola; uma Igreja de São Pedro, padroeiro
dos pescadores, um time de futebol denominado “Brasília” e como autoridade
policial, um comissário.
Entre os moradores havia um que se
destacava, era um homem muito respeitado por todos, chamava-se Francisco Maria,
mais conhecido por “Chico Maria”.
Foi um dos primeiros morados da
povoação e foi também o primeiro comissário de Polícia, e era ainda o chefe
político.
Na época das eleições, era montada
uma seção eleitoral com 54 eleitores, e era Sr. Chico Maria quem dava as
ordens.
Araruna possuía uma população de 210
habitantes com 50 residências.
O pescador do Araruna distinguia
perfeitamente o barulho da água, pelo remanso ou pelo encrespado da água a
aproximação de cardume de tainha e lançavam ao mar suas redes de arrastão. O
peixe era a principal fonte de alimentação.
Em virtude das fortes enchentes
(águas de março) que ocorrem na Ilha de Marajó, as grandes dunas de areias
existentes desapareceram, algumas casas foram arrastadas e a povoação foi sendo
transferida para um lugar mais alto e mais próximo da cidade chamado por eles
de “Brasília”.
Em 1957 o aspecto físico do Araruna
sofreu nova modificação devido a erosão feita pela mãe natureza, ai não houve
mais condição de habitação para aquelas pessoas, pegaram suas casas e vieram
para a cidade.
Uma parte das pessoas foram
auxiliadas pelo prefeito da época que arrumou um local na periferia da cidade
para construírem suas casas. Algumas famílias se localizaram na rodovia Soure Araruna,
onde deram o nome de “Brasília” que até hoje se conserva. Depois de localizados
na cidade, as maiorias dos pescadores largaram a pescaria, os mais jovens
passaram estudar e hoje exercem diversas profissões.
Todos os anos, Araruna sofre
modificações, a praia vem se aproximando mais do igarapé Canal Velho, porque os
mangueiros são arrastados pelas águas.
Em 1957 o aspecto físico do Araruna
sofreu nova modificação devido a erosão feita pela mãe natureza, ai não houve
mais condição de habitação para aquelas pessoas, pegaram suas casas e vieram
para a cidade.
fonte: Soure Pedaço de Marajó
De Maria de Nazaré Barbosa
1997
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
A LENDAS DA VITÓRIA-RÉGIA
Os velhos índios
das tribos da Amazônia contavam que a Lua, todas as vezes as vezes que
desaparecia por detrás das serras, escolhia uma jovem índia, transformando-a em
estrela, que passava a brilhar no céu.
Naiá, moça
indígena, filha de valente cacique, nascera branca como o leite, tendo bela
cabeleira, mais ruiva que as espigas de milho. Naiá desejava ardentemente ser
escolhida por Jaci ( a lua) para ser transformada numa estrela cintilante.
Mas a Lua não
ouvia seus pedidos e a moça, muito triste, começou a definhar. Os Pajés tudo
fizeram para curá-la, sem resultado.
Todas as noites,
a índia saía de sua oca, caminhando até amanhecer o dia, na esperança de ser
vista e escolhida por Jaci.
Certa noite,
quando já estava cansada de andar, Naiá, sentando-se à beira de um lago sereno,
viu a imagem de Jaci refletida no espelho das águas.
Atraída pela luz
da Lua, a índia atirou-se ao lago, desaparecendo. . .
Semanas e
semanas a jovem foi procurada pela gente da tribo. Naiá, porém, não reapareceu.
Jaci, a pedido dos peixes e da das plantas do lago, transformou-a numa estrela,
não para brilhar no céu, mas como estreladas águas, a bela flor que abre suas
longas pétalas à luz da Lua.
Fonte: livro de
estudo paraense, 2ª série,ano 1984.
A LENDA DO CURUPIRA
O
Curupira (do tupi curu, forma reduzida de “curumi”, menino, e pira, corpo) é
representado como um moleque de cabeleira vermelha e pés invertidos (dedo para
trás e calcanhar para frente). É o protetor das árvores e das caça, senhor dos
animais que habitam a floresta.
Antes das grandes tormentas, percorre a mata, batendo nos troncos das árvores para ver sua resistência. Seus pés virados deixam rastros falsos no chão, iludindo os perseguidores. Engana viajante e caçadores, fazendo-os perder-se dentro da mata, com assobios e sinais falsos.
O Curupira é um dos mitos mais antigos do Brasil. Anchieta a ele se refere numa carta de 1560, quando diz: “É coisa sabida e pela boca de todos corre que há certos demônios a quem os brasis chamam curupira, que acometem aos índios muitas vezes, no mato dão-lhe de açoite, machucam-nos e matam-nos”.
Antes das grandes tormentas, percorre a mata, batendo nos troncos das árvores para ver sua resistência. Seus pés virados deixam rastros falsos no chão, iludindo os perseguidores. Engana viajante e caçadores, fazendo-os perder-se dentro da mata, com assobios e sinais falsos.
O Curupira é um dos mitos mais antigos do Brasil. Anchieta a ele se refere numa carta de 1560, quando diz: “É coisa sabida e pela boca de todos corre que há certos demônios a quem os brasis chamam curupira, que acometem aos índios muitas vezes, no mato dão-lhe de açoite, machucam-nos e matam-nos”.
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