domingo, 4 de março de 2012

A LENDA DO TOCO


o toco passando no rio

A cidade de Soure é banhada pelo rio Paracauary, que em determinada época do ano passa cortando o rio um toco de árvore, que vai em pé (de forma vertical) e sempre contra a correnteza da maré, dando a impressão de ter raízes.
Quando o toco entra boiando no rio Paracauary e passa enfrente a cidade de Soure e Salvaterra. As pessoas ficam olhando, ele vai rumo das fazendas, quando o toco sai do rio vai para baia de Marajó, e depois desaparece.
Então, toda vez que o toco entra pelo rio morre uma pessoa vitima de afogamento, pode ser de morador de Soure ou Salvaterra.


embarcação perto do toco
Certo dia aconteceu que um barco boieiro (transporta boi das fazendas) ia passando bem perto do toco, o barco tinha como tripulante um vaqueiro costumado laçar boi bravo no campo do Marajó, o rapaz disse, que ia laçar o toco. Mas se enganou, jogou por três vezes a corda e ela enrolava e não atingia o alvo.
Aconteceu que momento depois o rapaz passou mal com uma forte dor de cabeça, tiveram que levar a um pajé a cidade, ele disse que o vaqueiro mexeu com coisa mística, o pajé benzeu e o rapaz ficou bom e seguiu viagem no barco.

quinta-feira, 1 de março de 2012

A LENDA DA COBRA DO MUCUNÃ

Cobra do mucunã
Existia na cidade de Soure, um homem de origem turca chamado Miguelão, era comerciante o seu estabelecimento ficava na 4ª rua com travessa 21, o nome do comércio (casa 31), ele tinha uma pequena propriedade (sítio) no rio São Lourenço.
Acidade de Soure é banhada pelo rio Paracauary que tem várias ramificações, ou seja, tem vários braços de rio, e um desses é chamado rio do são Lourenço, onde acima um pouco da ponta da guia tem uma pequena área chamado Mucunã.
Segundo vários pescadores e pessoas que utilizam o rio como meio de transportes fluviais, eles já viram uma imensa cobra boiando nomeio do rio, todas as vezes que a cobra aparecia era em noite de luar.


Encontro do Miguelão com acobra
O senhor Miguelão que viajava sempre para seu sítio, em uma determinada noite quando regressava para Soure, justamente na localidade conhecida como mucunã, deparou-se com o inesperado, no meio do rio algo enorme estava boiando, Miguelão  pensou que fosse um grade troco de árvore, mas ao notar o movimento da coisa boiando, ficou assustado e cuidou de remar para a beira do mangal próximo ao seu sítio,  e aquela enorme criatura continuou seguido e ficou perto da canôa que estava beira do mangal. Miguelão saltou imediatamente pegando a sua espingarda, ficou de alerta, e a cobra foi se aproximando com os olhos que pareciam dois faróis acesos, Miguelão não teve outra saída, atirou em um dos olhos da cobra, houve um grande estrondo na água e cobra afundou. 


Miguelão cavando a vala

Mas o inesperado aconteceuMiguelão não podia sair do seu sítio, toda vez que tentava sair canôa pelo rio, via rumores na água, ele era obrigado voltar para o porto do sítio, com isso Miguelão teve que cavar uma vala por dentro do mangal, para poder sair no outro lado do rio.
Miguelão após o ocorrido nunca mais voltou para o seu sítio teve que vender, porque todas as vezes que tentava ir para a sua propriedade, a cobra sempre aparecia para ele querendo ataca-lo.
Com o passar do tempo, Miguelão ficou cego do lado esquerdo, que segundo os pajés (curandeiros), foi o olho esquerdo da cobra que ele atirou.
Furo do Miguelão
A vala que Miguelão cavou por dentro do mangal, ainda existe até hoje, é conhecido como (FURO DO MIGUELÃO), quem viaja pelo furo encurta a viagem em uma hora, e a cobra quando boiava era vista com apenas um olho, a cobra ficou conhecida como (COBRA DO MUCUNÃ).