sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

A LENDAS DA VITÓRIA-RÉGIA



 Os velhos índios das tribos da Amazônia contavam que a Lua, todas as vezes as vezes que desaparecia por detrás das serras, escolhia uma jovem índia, transformando-a em estrela, que passava a brilhar no céu.
Naiá, moça indígena, filha de valente cacique, nascera branca como o leite, tendo bela cabeleira, mais ruiva que as espigas de milho. Naiá desejava ardentemente ser escolhida por Jaci ( a lua) para ser transformada numa estrela cintilante.
Mas a Lua não ouvia seus pedidos e a moça, muito triste, começou a definhar. Os Pajés tudo fizeram para curá-la, sem resultado.

Todas as noites, a índia saía de sua oca, caminhando até amanhecer o dia, na esperança de ser vista e escolhida por Jaci.
Certa noite, quando já estava cansada de andar, Naiá, sentando-se à beira de um lago sereno, viu a imagem de Jaci refletida no espelho das águas.
Atraída pela luz da Lua, a índia atirou-se ao lago, desaparecendo. . .
Semanas e semanas a jovem foi procurada pela gente da tribo. Naiá, porém, não reapareceu. Jaci, a pedido dos peixes e da das plantas do lago, transformou-a numa estrela, não para brilhar no céu, mas como estreladas águas, a bela flor que abre suas longas pétalas à luz da Lua.
Fonte: livro de estudo paraense, 2ª série,ano 1984. 

A LENDA DO CURUPIRA

O Curupira (do tupi curu, forma reduzida de “curumi”, menino, e pira, corpo) é representado como um moleque de cabeleira vermelha e pés invertidos (dedo para trás e calcanhar para frente). É o protetor das árvores e das caça, senhor dos animais que habitam a floresta.
Antes das grandes tormentas, percorre a mata, batendo nos troncos das árvores para ver sua resistência. Seus pés virados deixam rastros falsos no chão, iludindo os perseguidores. Engana viajante e caçadores, fazendo-os perder-se dentro da mata, com assobios e sinais falsos.
O Curupira é um dos mitos mais antigos do Brasil. Anchieta a ele se refere numa carta de 1560, quando diz: “É coisa sabida e pela boca de todos corre que há certos demônios a quem os brasis chamam curupira, que acometem aos índios muitas vezes, no mato dão-lhe de açoite, machucam-nos e matam-nos”.