O boto exerce grande influência aos moradores ribeirinhos, principalmente aos que tem filha moça. Ele as do rio como “homem” elegante e vai à festa, muito atraente e romântico, consegue levar a donzela para um lugar retirado “mundiando-a” até chegar próximo ao rio. Quando a família da moça sai a sua procura e aproxima-se ao vê o banzeiro “onda” que vem quebrar junto a ela, então surge o focinho espirrando água.
O boto sai das águas durante a noite e se transforma em um rapaz bonito e forte. Todo vestido de branco usa chapéu para esconder um orifício no alto da cabeça, por onde ele respira. Gosta de sair à noite a procura de festas, onde dança e conquista os corações das donzelas.
Em 24 de junho uma noite de lua cheia na cidade de Soure, uma moça muito formosa de cabelos longos, que se chamava Ritinha estava com uma alegria muito grande, que a noite iria participar de uma festa junina no barracão da “Tia Tomázia” que era dedicada ao glorioso São João.
Ritinha foi para a festa dançar e convidou vários amigos para acompanhá-la a festa.
Mas ao chegar ao local havia um rapaz com certo misticismo que trajava calça branca, blusa branca e chapéu branco, que chamou a sua atenção. Era belo e tinha um olhar encantador.
O rapaz a convidou para dançar, dançaram muito e namoraram, e Ritinha ficou apaixonada.
Ele é formidável! Pensou ela, só que muitas outras mulheres também estavam querendo dançar e namorar com o rapaz misterioso.
Quando deram três horas da madrugada, ele disse que tinha que ir embora e saiu andando rumo às margens do rio que banha a cidade de Soure.
Ritinha, claro, correu atrás dele até as margens do rio. Foi quando ela viu o belo rapaz se transformar em um boto e pular nas águas do rio Paracauari. Não era uma rapaz, era um boto encantador.
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