terça-feira, 26 de julho de 2011

OS PROBLEMAS DOS CARANGUEJEIROS DE SOURE

*PESCA PREDATÓRIA; As técnicas tradicionais estão sendo substituídas por predadores de outras regiões, que capturam o crustáceo com pescas predatórias que são fatais, levando á extinção e gerando o desequilíbrio populacional.



Vamos conhecer as técnicas que são utilizadas pelos invasores;

*A REDINHA- que é um emaranhado de fios desfiado de sacos de (trigo, açúcar), que é colocado na entrada da toca para capturar o caranguejo quando ele subir em busca do oxigênio e alimento. Esse método está se tornando cada vez mais comum devido a sua praticidade, porém, trazendo sérias conseqüências para o equilíbrio ecológico; a captura das fêmeas ovadas e de “caranguejo de leite” (quando realizam a mudança de carapaça) e a poluição provocada pelo material usado que não é recolhido, pois os catadores chegam a espalhar mais de 100 redes por dia no mangue e nem sempre tem tempo para recolhê-las. Os caranguejos presos nas armadilhas são rapidamente devorados por predadores naturais como; os guaxinins e os gaviões.

*O LAÇO – é uma armadilha que é colocada nas tocas do caranguejo para capturá-la matando tanto a fêmea como o macho. Segundo uma pesquisa da ONG “Novos Curupiras/ Pará”, nasce de uma só condurua aproximadamente 39 mil caranguejos.



Outra causa da diminuição dos caranguejos é a captura indiscriminada, no período do defeso, que, no Estado do Pará, inicia-se no mês de dezembro e estende-se até março, Nesse período ocorre um fenômeno conhecido pelos pescadores como “andada”. Na região do Marajó é conhecido como “soata” onde os caranguejos saem de suas tocas e começam a se movimentar atordoados, em todas as direções. É também a época de acasalamento quando os crustáceos perdem a proteção das tocas. Uma “andada” dura de três a quatro dias aproximadamente, e no caso de Soure, a espécie que é o caranguejo – uca anda de dezembro a abril. Nesse período, que é o da comercialização barata devido a abundância, a população local se dirige até os manguezais onde os crustáceos são presas fáceis. E no mês de agosto ocorre a “tapação” que é quando o caranguejo entra na toca para mudar de casco, período em que o caranguejo não deve ser comercializado, e a partir de outubro começa a deixar a toca e a produção tende a crescer.

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