domingo, 17 de abril de 2011

Revolta dos professores em Soure (no Ano 2000)

O povo de Soure acorda


Em meio a tantos abusos, desmando das autoridades públicas que visam o próprio interesse, sem nenhuma sensibilidade ao sofrimento do povo, o qual estava condenado à opressão, sem direito á voz e sem vez, o povo cansou de esperar e resolveu sair para as ruas e lutar por seus direitos.
Ninguém agüenta mais promessas, e nem dá nenhuma credibilidade aos políticos eleitos, que nada fizeram e fazem pelo desenvolvimento de Soure e, muito menos, pelo povo.
Além do mísero salário, o funcionalismo público caminha para o terceiro mês do não-pagamento.
Houveram várias tentativas de negociação, mas foi tudo em vão.O povo,indignado e revoltado, assembléia com várias propostas sobre o que fazer para melhorar a situação de sofrimento, resolveu acampar durante (05)dias na prefeitura e fazer greve.



Durante todo este período de ocupação, cresceu a unidade entre todas as categorias (Educação, Saúde, Obras, Garagem, etc.) para a reivindicação dos seus direitos. Cresceu a capacidade de partilha dos alimentos e solidariedade entre todos, para não deixar ninguém morrer de fome; com espírito de fé e confiança em deus, o povo rezou bastante, clamando pela misericórdia de deus.
O desejo do povo, para que todos posam viver com dignidade, é de que os salários sejam atualizados, os direitos de todos respeitados, as verbas sejam destinados a cada secretária sem nenhum desvio, a cidade seja prioridade não para remendos e sim para soluções.
O povo de Soure, pacato e brioso, precisa ser respeitado por seus governantes(Prefeito, Vice-Prefeito, Vereadores), nos quais depositam confiança que,há muito, não correspondem com o que prometem.Pedem pouco; apenas moralidade e justiça para com toda a sociedade deste município, que é considerado a Pérola do Marajó,e que, anda ultimamente com seu brilho apagado pela irresponsabilidade e falta de compromisso.
Por promessas não cumpridas, o povo revoltado, ferido e cansado de esperar, apedrejou casa do prefeito PAULO PEIXOTO, querendo fazer justiça com as próprias mãos, fato esse não consumado,devido intervenção da policia militar, havendo certa violência por parte de alguns policias despreparados, psicologicamente, para enfrentar situações conflituosas que exigem preparo e habilidade específicas em um conforto com população.



Escrito por: Ir. Olinda Cunha
Profª Wilma salvador

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